sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Patente do Google coloca os usuários acima das operadoras de telefonia celular
A patente " Sistemas Flexíveis de Comunicação e Métodos", que possui autoria da empresa Google, sustenta que os celulares deveriam apresentar uma liberdade para se conectar através de várias redes e métodos, sendo o usuário responsável por escolher o serviço a qualquer momento e localização, determinado através do mercado competitivo.
Hoje, ao adquirir um aparelho, os usuários são obrigados a ficarem "presos" a uma operadora, além da falta de possibilidade da escolha de redes a serem utilizadas. Com a patente do Google, os usuários poderiam ter aparelhos de comunicação capazes de conectar em qualquer rede wireless disponível como GSM, CDMA, Wi_Fi, WiMax, etc; e tirar proveito de melhores redes e serviços.
A Apple, que possui atualmente grande influência no mercado de telefonia, também relevou alguns anos atrás estar disposta a desenvolver possibilidades para a criação de um mercado aberto de serviços wireless, como explica a patente “Dynamic Carrier selection” registrada em Outubro de 2006 (antes mesmo do iPhone).
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
Projeto britânico quer produzir comida e energia em deserto
Uma equipe de engenheiros e arquitetos baseados em Londres está combinando tecnologias para transformar imensas áreas desérticas em terrenos férteis com capacidade de produzir comida, água limpa e fontes alternativas de energia.
O Sahara Forest Project (Projeto Floresta Sahara) consiste em construir lado a lado estufas onde seria possível obter água limpa e cultivar alimentos, e painéis espelhados gigantes que captariam raios solares para gerar eletricidade.
A iniciativa combina tecnologias criadas pela empresa Seawater Greenhouse, que cultiva plantações em estufas instaladas em áreas áridas, e por arquitetos e engenheiros que desenvolveram uma técnica conhecida como Concentrated Solar Power (Energia Solar Concentrada, em tradução livre).
O criador da Seawater Greenhouse, Charlie Paton, explica que a técnica consiste em instalar evaporadores na entrada da estufa que convertem a água do mar em vapor. O vapor resfria a temperatura dentro do local em até 15 graus e favorece o crescimento da lavoura.
Do outro lado da estufa o vapor é condensado, transformando-se em água limpa que serve para regar as plantações.
Segundo Paton, a quantidade de água obtida é cinco vezes maior do que a necessária para molhar as plantas, produzindo um excedente que pode ser usado para mover turbinas acopladas aos painéis que captam a energia solar, gerando energia.
De acordo com os criadores do Sahara Forest Project, em fase de testes em Tenerife, Omã e Emirados Árabes Unidos, a iniciativa terá potencial para produzir comida e eletricidade que serão consumidas por moradores locais.
A energia também poderia ser enviada para a Europa por meio de um conversor.
Com o excedente de água ainda seria possível cultivar pinhão manso, uma planta que serve de base para produzir biodiesel e que se adapta bem às terras desérticas.
Os criadores do projeto dizem que a iniciativa poderá ser uma ferramenta importante para combater a desertificação e trará múltiplos benefícios, como "grandes quantidades de energia renovável, comida e água".